11 de junho de 2014

O que me alegra?

Fim-de-semana tão bom. Alguns passos percorridos no caminho de aprender a não fazer nada. É loucura, eu sei. Normalmente é ao contrário, também sei. Passar dois dias sem ligar o computador porque tenho de terminar um trabalho urgente, porque tenho de enviar um e-mail que não pode esperar umas horas, porque tenho de acrescentar um vírgula aqui ou ali não é uma coisa fácil para mim. Não o é porque foi tempo de mais neste registo e, apesar de toda a fartura que pudesse ter, era um modo de estar (que acabava por fazer mais mal aos que me rodeavam do que propriamente a mim, que nunca dramatizei o facto de não ter um fim-de-semana só para descansar).
Mas tenho feito um grande esforço. Durante o dia, em que estou distraída, a coisa corre bem. Quando a noite começa a cair, confesso, sinto uma ansiedade crescente. "Não fiz nada o fim-de-semana inteiro, como é possível?", é este tipo de pensamentos que me assalta.
Mas aí entra ele, com toda a sua descontracção, e me relembra o significado do conceito "fim-de-semana".

Hoje foi um regresso ao trabalho com muita motivação. Por ser quarta-feira mas, também, por ter descansado. É esta a grande diferença que noto no início das semanas, venho renovada! No entanto, continuo a contrariar todas as regras de gestão do tempo que conheço (burra!) e ando aqui num pandemónio a tentar dar conta do recado. O que me alegra? É trabalho de escrita. E posso escrever (mais ou menos) à minha vontade. E foi num ápice enquanto a manhã passou. E daqui a pouco, é fim-de-semana outra vez.

Maria Amor

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