28 de julho de 2014

Quero que os "ses" deixem de existir

Pergunto-me porque é que sou assaltada tantas vezes por estas ondas de parvoeira.  Deixo de ter vontade de escrever, de ter vontade de sair, de ter vontade de falar. Depois, sem mais nem menos, tudo começa a entrar novamente nos eixos.
Paro e penso frequentemente sobre isto. Sobre mim. E chego invariavelmente à conclusão de que não faço nada de que realmente goste. Nada que me faça esquecer que o resto do mundo existe (namorar não conta, refiro-me a coisas exclusivamente minhas, como dançar, outrora). É uma coisa necessária, não é? Termos tempo para nos perdermos em nós, connosco.
Passo os dias a ouvir as pessoas. A ajudá-las a perceberem-se. E quando chega a hora de me ouvir a mim mesma, já não tenho paciência para ouvir coisa nenhuma. E isto frustra-me. Porque no dia seguinte passou mais um dia em que eu fiquei esquecida para mim mesma.
Quero que os "ses" deixem de existir. Quero concretizar.

Maria Amor

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