6 de junho de 2014

Há muito, muito tempo

Tudo está bem quando acaba bem. Foi uma semana vivida no rescaldo da decisão tomada. Uma decisão que não foi aceite pela chefe. Que não foi, infelizmente, nada cordial na forma como mo fez saber.
Depois de dias em que o silêncio reinou, o e-mail recebido ontem já durante a madrugada deu a entender, no mais profundo tom de gozo, que esperava que eu organizasse a minha vida e voltasse (apeteceu-me gritar-lhe bem alto que a minha vida, agora que estou longe dela, está mais organizada do que nunca!). Perguntou também se eu estava mais calma (este era o momento em que lhe gritava bem alto que sempre estive calma, sempre, excepto quando tinha que me desdobrar e deixar de ter vida para atender às loucuras pessoais dela). Por fim, diz que tenho de permanecer num dos projectos porque sim, porque ela quer (e aqui, já fora de mim, gritar-lhe-ia: "Mas você paga-me para isto? Nem um cêntimo, por isso cale essa matraca e nunca mais me dirija a palavra!").
Não fiz nada disto. Fui tão estupidamente educada que só me faltou dizer que era com muita pena que vinha embora. Sublinhei bem sublinhado que já não poderia contar comigo e, a partir de hoje, acabou.
Bem sei que esta minha resposta fará com que ela se "atire ao ar", principalmente, por não ter cedido nem perdido o decoro. Agora, só estou da indecisão se marco o e-mail dela como spam ou não (gargalhada maléfica).
Há muito, muito tempo que não me sentia tão feliz.

Maria Amor

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