28 de fevereiro de 2014

Até nunca mais

Inspirar e expirar muitas, muitas vezes. Contar até 10 (não chega), até 100...
Porque é que as pessoas não aprendem a trabalhar? Com responsabilidade! Com responsabilidade acrescida quando se trata de trabalho de equipa, quando há mais pessoas envolvidas?!
As manifestações de alegria por ser sexta-feira multiplicam-se por todo o mundo online e eu não consigo pensar senão "maldita sexta-feira"!
Tenho uma sessão de coaching em atraso e algo me faz pensar que o meu despedimento necessita de ser trabalhado. Que vontade de gritar "Bom fim-de-semana e ATÉ NUNCA MAIS!".

Maria Amor

27 de fevereiro de 2014

A marinar

Encontro-me a marinar na frase "Tudo isto não é sofrimento mas sim crescimento.".
Encontro-me a tentar encontrar sentido. 
Que desencontro tão grande que para aqui vai. O sofrimento, vai sendo visível.
Um dia... Um dia seremos enormes. 

Maria Amor

Tinha de espairecer

Dia de L-O-U-C-O-S!
Há mais de uma hora que me obriguei a terminar o trabalho. Os olhos, de tantas horas em frente ao computador, num trabalho de escrita e revisão de texto, já lacrimejavam.
Inspirar fundo, rever mentalmente tudo o que aconteceu hoje - acordar já com um pé dentro do atraso, escrever, reler, apagar, rescrever, traduzir, telefonemas, almoço a correr, miminhos inesperados ao bebé da família a meio da tarde, mais leitura, trânsito e dois pés em cheio no atraso, explicação a mil e quinhentos à hora, jantar (encostada à bancada da cozinha) e risota desmedida pelas desgraças desta vida, mais e mais telefonemas (que não tinham fim!), finalizar textos, e-mail composto, e-mail enviado. Namorar à distância nos entretantos.
Recapitular tudo o que terá continuação nos próximos dias.
Mas tinha de espairecer.
À falta de um livro à mão para ler (imagine-se!) continuei por aqui. Revi-me no amor fofinho que a Sofia (do às 9 no meu blog) tem agora. Tive saudades do peludo cá de casa quando era daquele tamanhinho. Agora já com um ano. Enquadrei-me, vergonhosamente, no perfil de preguiçosa traçado pela Pipoca. Pensei no repto lançado por uma amiga "Como representar a verdade" - TALVEZ O SOL - necessário, penetrante, omnipresente, quente, doloroso, certo.
Amanhã a hora de acordar será às oito. E tudo continuará a acontecer...

Maria Amor


26 de fevereiro de 2014

Depois da tormenta

Depois de noites a fio em claro, de desânimo aos pontapés, viroses malditas metidas ao barulho, eis que surge uma noite tranquila, perfeita, preenchida de sono reparador. Mais de dez horas no paraíso. Saber que o dia pode começar, a sério, só depois de almoço, traz à minha vida a lufada de ar fresco que precisava.
Há já algum tempo que não sentia que o dia tivesse sido tão produtivo. Não fiz tudo, tudo aquilo que queria mas, ainda assim, fiz muito mais do que pensei que teria força de vontade para.
Começar o dia a rir (com os males alheios) é sempre uma boa receita. Aprender a dizer que sim a tanto trabalho sem entrar em pânico, também só pode trazer coisas boas. 
Terminar com uma das melhores companhias, é a garantia de que amanhã valerá a pena. 

18 de fevereiro de 2014

Bicos dos pés

Quando nos apercebemos que vivemos há demasiado tempo com a sensação de andar em bicos dos pés torna-se assustador. Porque nos parece que só assim iremos conseguir respirar. Com ou sem necessidade, dos bicos dos pés. Mas torna-se um vício, parte de nós.
É fácil ver a felicidade na simplicidade. A felicidade dos outros. A minha está no limbo. Entre o sentimento de nunca ser alcançada e o de poder ruir a qualquer momento.
Não consigo ultrapassar a ideia de o tempo ser tão pouco. Fariam falta umas cinco vidas, para tudo. E o que isso me entorpece? Perco as noites, e os dias depois, e a crença, e a esperança. 
Na verdade, sinto que por mais que aguente os bicos dos pés, a vida não me chegará. Para a felicidade.

Maria Amor

7 de fevereiro de 2014

Uma canseira

Ui! Lista de tarefas? Interminável para uma sexta-feira. Para piorar, tudo coisas que dependem de terceiros, e quartos e quintos. Não vou sair daqui com o dever cumprido, de certeza!
As corridas matinais (ou pelo final do dia) continuam no "fica para amanhã". Sentimento que impera: frustração. Só depende de mim, mas eu, nestas coisas, sou muito fraquinha.
Já só consigo pensar que amanha é fim-de-semana. É condenável? Talvez devesse achar que sim, mas não consigo. O tempo está tão pouco convidativo a loucuras laborais.
Não aparece ninguém pelo centro! Tenho que assentir à ideia de haver grandes vidas (pena que a minha não está incluída).
Apetece-me ver séries aninhada nele, esquecer-me que há tanto por terminar. A ideia louca de mudar de vida não me abandona um instante. Mando-a sossegar, mas ela teima porque teima em permanecer.
São molhadas de papéis, telefonemas (nem sei bem para onde) por fazer, assuntos por fechar. Uma canseira desgastante. Que me tolda.

Maria Amor

6 de fevereiro de 2014

Sortuda?

Insistem na bipolaridade. Admito, tenho uma quedinha. Todo o dramatismo, o choro à mistura com um power desmedido. São alguns dos ingredientes que me fazem dar-lhes razão. Talvez por isso tenha a mania de que sou um bocadinho especial (ainda não cheguei bem à conclusão do "para quem?").
A vida, ultimamente, tem sido uma constante viagem entre o "Não me apetece" e o "Tem de ser". O porquê? Não sei. Gostaria de descobrir, mas não me apetece. Até quando tiver de ser.
Oiço, frequentemente, "És uma sortuda!". De há dois anos a esta parte, momento em que terminei o mestrado, o trabalho chove. Ainda não chegou um contrato ao fim e já há propostas e ideias e projetos e trabalho, trabalho, trabalho.
Racionalmente, sim, sou sortuda. Com o coração... Não me sinto. Não quero ser ingrata (sei que não sou, visto a camisola como vejo poucos, meto a mão na massa como se a minha vida disso dependesse), mas com o coração não me sinto sortuda, nem feliz, nem realizada.
Dou voltas e voltas à cabeça e fazer disto vida, não será vida. Não, pelo menos, para mim. Veremos...

Maria Amor