14 de abril de 2014

Sinto-me meio atordoada

Há momentos da vida em que não temos tempo de pensar, de respirar, de parar um minuto e "re"focar. Há alturas da vida em que tem de ser bola para a frente, sem parar, sem perder tempo. E, depois, uma semana ou duas depois, abrandar. Fazer um balanço, ver os arranhões, as amolgadelas, perceber se dá para continuar mais um pouco assim ou se tem de ser para já a reestruturação.
Foi uma semana a 17, 18 horas por dia. Poucas horas de sono, zero de lazer. Foi o início de algo que se espera muito bom, com muito frutos.
Sinto-me meio atordoada. Parece que levei um grande abanão (dos bons) e me estou a tentar recompor, entrar nos eixos. É muita, muita coisa ao mesmo tempo. O cansaço, ao final do dia é, invariavelmente, gigante e as coisas que me dão realmente gozo têm ficado para segundo plano.

Não quis acreditar quando ele, este fim-de-semana, me confrontou com o meu sono permanente e a falta de vontade de fazer amor. Confesso, passei-me! Fiquei magoada por ele sequer equacionar que o desejo menos. Fiquei magoada pela falta de compreensão. Dormi menos de quatro horas em cada noite da semana passada. Estava literalmente de rastos e desengane-se quem pensa que esta "queixa" tem fundamento. Dei o corpinho ao manifesto (salvo seja) como se tivesse passado uma semana santa de oito horas de sono por dia. Enfim, um mal agradecido que tem aqui uma namorada como há poucas e ainda vem com tretas. Eu no fim-de-semana já lhe digo.
Brincadeiras à parte, é tão difícil gerir o tempo e a energia que gastamos com o trabalho. Quando chego aos braços dele, por mais desejo que haja, a minha vontade é adormecer no meu porto seguro, deixar-me ficar, apenas.

Maria Amor


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