28 de julho de 2014

Quero que os "ses" deixem de existir

Pergunto-me porque é que sou assaltada tantas vezes por estas ondas de parvoeira.  Deixo de ter vontade de escrever, de ter vontade de sair, de ter vontade de falar. Depois, sem mais nem menos, tudo começa a entrar novamente nos eixos.
Paro e penso frequentemente sobre isto. Sobre mim. E chego invariavelmente à conclusão de que não faço nada de que realmente goste. Nada que me faça esquecer que o resto do mundo existe (namorar não conta, refiro-me a coisas exclusivamente minhas, como dançar, outrora). É uma coisa necessária, não é? Termos tempo para nos perdermos em nós, connosco.
Passo os dias a ouvir as pessoas. A ajudá-las a perceberem-se. E quando chega a hora de me ouvir a mim mesma, já não tenho paciência para ouvir coisa nenhuma. E isto frustra-me. Porque no dia seguinte passou mais um dia em que eu fiquei esquecida para mim mesma.
Quero que os "ses" deixem de existir. Quero concretizar.

Maria Amor

21 de julho de 2014

Resta-me estar feliz

Segunda-feira.
Depois de um fim-de-semana atípico, vivido entre saudades e trabalho inesperado é dia de renovar esperanças. Dia de renovar forças.
Uma segunda-feira diferente. Em vez de ser de adeus é de olá. É de sorrir e abraçar. E beijar. E mimar.
Perante isto, resta-me estar feliz. E passar o dia a desejar que sejam seis da tarde, mais ainda do que o normal.

Maria Amor

16 de julho de 2014

Consome-me

Passou quase um mês desde a última vez que escrevi. Não por falta de vontade. Nem tão pouco por falta de tempo. É qualquer coisa cá dentro. Não é desmotivação. Não há razão para isso. Venho, todos os dias, leio os blogs que sigo com a mesma regularidade de sempre. Volta e meia início um novo post mas, invariavelmente, acabo por desistir depois das primeiras palavras. Porquê? Não sei. Tento perceber, actuo como psicóloga de mim mesma. Tento perceber o porquê deste estado. E não consigo chegar lá.
Sinto-me feliz no trabalho. Sinto-me feliz no amor. Sinto-me feliz na amizade. Sinto-me feliz. Acho eu. Mas, mesmo assim, falta qualquer coisa.
E isto é horrível.
A brincadeira de dizer que sou uma eterna insatisfeita começa a deixar de ter graça. Consome demasiada energia. Consome-me. Mas é um sentimento incontrolável e, aos meus olhos, incontornável. É uma vontade de não fazer nada que não consigo explicar. Ficar parada a um canto... E sei que as horas poderiam passar por mim que eu não notaria sequer. Sinto um sono avassalador. Uma ausência de energia. Mas não é físico.
Não sei...

Maria Amor