1 de abril de 2014

Tenho

Isto de tentar motivar os outros, levá-los a vestir a camisola, acreditar que o impossível está já ali, é uma coisa muito bonita de ser ver. De se ver e, sobretudo, de se fazer.
Já não tem assim tanta piada é quando nós mesmos não estamos motivados para nada, não queremos vestir camisola nenhuma (a não ser a de dormir) e tudo, tudo, tudo aquilo que mais desejamos está a anos luz de se tornar possível.
São listas de objectivos, workshops, gestão disto, daquilo e do outro, e a sensação com que me deito hoje é a de que, pura e simplesmente, não me sinto feliz.
Tenho medo do desafio profissional que aí vem, medo de não estar à altura mas, acima de tudo, medo de não me identificar.
Tenho a terrível sensação de que ando aqui a inventar e não produzo nada de efectivo.
Tenho alapado a mim o sentimento de não saber o que quero. Nem onde o procurar.
Tenho "Saudade" no meio do nome, no meio do dia, no meio do peito.

Maria Amor

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