19 de abril de 2014

Ele sobra-me

Esta noite foi diferente. Foi uma noite quente, e doce, foi uma noite como não tínhamos há muito tempo. Espantei o sono, fugi da vontade irremediável de adormecer em três segundos. Fiz um esforço enorme, claro que fiz. Porque o corpo e a cabeça pediam descanso. 
Dormimos nus, depois de nos descobrirmos devagarinho. Enroscámo-nos, como se fosse a primeira vez. Beijámo-nos até, por fim, o mimo de adormecer no melhor aconchego do mundo vencer.
Acordámos e o desejo pediu mais. Amámo-nos novamente. Olhámo-nos com carinho, nascemos para ser e estar assim. É uma convicção tão forte. 
A vida, assim como ela é, é perfeita. E não poderia pedir mais.
Ele chega-me. Ele sobra-me. 

Maria Amor

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