6 de maio de 2014

Não é?

Não estou feliz. Neste momento não estou. Não me sinto realizada nem a nível pessoal, nem profissional. Ui, a nível profissional.
Mas, tenho aprendido, às vezes temos a necessidade de acreditar que até nem está tudo assim tão mal, ou que irá tudo ficar bem.
E vivemos assim, neste meio engano, que torna as ausências suportáveis. Que nos faz continuar a percorrer o caminho que sabemos, só de coração, ser o certo. E no meio disto tudo, tentamos continuar a ouvir-nos, tentamos escutá-lo sempre, aos gritos baixinho a pedir para chegarmos rápido. Nem sempre é tão rápido como desejaríamos.
Certo que a felicidade se encontra no caminho e não só na meta. Mas e ensinar-lhe? É ir vivendo. Mas a urgência em chegar é tanta.
Descobri numa conversa aleatória qual é o meu verdadeiro problema. Não podemos mudar o mundo, palavras de um amigo. E, ao ver a coisa tão clara assim, percebi. E mesmo desiludida, mesmo ciente dessa realidade, houve uma parte de mim que não conseguiu acreditar. Haverá sempre pessoas que valem a pena. E tenho uma mão cheia delas perto de mim. E com essas, junto dessas, sei que é possível muito mais que mudar o mundo. Isto é uma prova irrefutável de ingenuidade e crença, não é?


Maria Amor

Um comentário:

  1. Há sempre pessoas que valem a pena. Mas também é certo que não podemos mudar o mundo inteiro. Apenas o nosso mundo.

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