16 de janeiro de 2014

Pergunto-me "Porquê?"

A lista de coisas para fazer é interminável. A vontade para começar é interminavelmente grande.
Bem tento manter os níveis de energia e otimisto sempre lá em cima mas, que raio, como é difícil, às vezes. Tento encontrar inspirações (imagens, pessoas, frases, e sei lá que mais!), tento ser racional e pensar em não deixar para amanhã o que posso fazer hoje (porque amanhã saberá tão bem ter tudo terminado e não andar a correr contra o tempo para conseguir o quase impossível), tento isto, aquilo e o outro. A verdade é que a procrastinadora que há em mim ainda consegue, volta e meia, vencer algumas batalhas. E estes dias são horríveis, porque chegam ao final sem qualquer sentimento de dever cumprido, sem alívio, sem satisfação, mas com um cansaço enorme e uma consciência pesada por não ter feito nada de jeito.
A lição está mais que sabida. As sensações são mais que familiares, a de ter feito tudo e a de não ter feito nada. Sei bem da que gosto mais, mas nem sempre consigo meter mãos ao trabalho com a prontidão que devia ("ainda há tempo para fazer isto durante a tarde de amanhã, ou mais logo, ou às seis e meia da manhã, se me matar a acordar mais cedo...") e é um desassossego interno que me esgota.
Pergunto-me "Porquê?". E a resposta mais sincera que consigo encontrar é um puro e simples "Porque não me apetece"! Porque não me revejo no que estou a fazer profissionalmente e isso é uma grande chatice que me empata e desgasta o espírito. Porque só me apetece ler e escrever.

Maria Amor

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