Estou em casa, metida debaixo de mil mantas, num quentinho inigualável, à espera que ele chegue. Já fumei para cima de dez cigarros (shame on me!) mas só de pensar que amanhã esta calmaria já se foi, vou aos píncaros. Ter de vestir a pele de forte e inquebrável deixa-me cansada por antecipação. Trabalhar que nem uma condenada, de graça, vestir a camisola mais do que aqueles que recebem 3000 euros por mês e andar com um sorriso na cara à espera de tempos melhores e frutos para colher, nem sempre é fácil.
Em boa verdade, o post anterior aguçou-me o desejo e quando ele entrar em casa, não haverá tempo para banhos nem coisa que se pareça.
Vou dizer-lhe o quanto o quero, não o vou deixar passar da entrada, vou saboreá-lo depois de um dia longe, vou levá-lo ao limite. Com sofreguidão. Com poucas palavras. Com tesão. Vou dizer-lhe que o quero sentir em mim.
E se pareço pouco sensível, ou que amo menos, ou isto ou aquilo, não é nada disso. Só estou cansada de ler meias frases, cansada de pessoas bem comportadas que não escrevem o que sentem, ou escrevem, mas com floreados desnecessários. E se há dias em que as ladainhas amorosas me preenchem, o fazer amorzinho e etc. me chegam, hoje não é um desses dias.
Apetece-me fazer sexo, dar uma, vir-me. Apetece-me deixar vir ao de cima isso tudo. É a vida
Maria Amor
Nenhum comentário:
Postar um comentário