9 de janeiro de 2014

O tempo, esse danado

Tem sido uma colecção de noites mal dormidas, com o relógio como inimigo número um. Inevitavelmente, vou dando espreitadelas desesperadas e não é raro na última já passar das quatro e tal.
Os dias voam. A sensação é de uma falta de ar e, ao mesmo tempo, de um apaziguamento estranho. O tempo, esse danado: nunca nos chega e ao mesmo tempo queremos que chegue aquele dia, aquele instante. Tenho como certeza que, para o bem ou para o mal, ele não parará. E isso acalma-me. Tudo tomará o curso devido, porque (para mim) só assim pode ser. Só assim faz sentido.
Na cabeça e no coração é uma miscelânea de sentimentos, de dores, de prazeres. É um ter de lidar constante com um viver ansiosa, com um saborear pequenas vitórias, com uma saudade no peito que tem por prazo de validade os curtinhos fins-de-semana. É um procurar (e encontrar) forças não sei muito bem onde mas que, a cada nascer do dia se renovam.
E acreditar! Acreditar nem sei bem no quê, mas mesmo assim, com tanta força que os pequenos momentos entre conversas sinceras nos trazem a energia que acreditávamos esgotada. É um carinho e uma gratidão pelas pessoas que se riem genuinamente connosco, que acreditam que nós podemos mover o mundo.

Disse-me alguém um dia que eu era protegida por uma estrelinha. Nunca me detive no assunto... Ultimamente, mais. Talvez...

A noite aproxima-se e não sei até que horas me irei debater até que caia, por fim, num sono descansado. Amanhã será mais um dia, bom, tenho a certeza.

Maria Amor

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